sábado, 4 de junho de 2011

Impulsivamente disse-lhe grosseiras. Cada palavra proferida ressoava como um tapa. Um golpe certeiro.
Assim foi no decorrer da noite.Minuto a minuto. Abusos, absurdos, palavras feias e sentimentos rebentados. Excederam-se todos os limites, como se nada daquilo importasse. Como se ele não importasse.
Chegado ao fim do massacre pôs-se a retirar furtivamente. Fugia como alguém que a pouco tivera a paz roubada. Furtaram-lhe o sossego e o sentido de tudo... Estando só, iniciara-se o martírio, o auto-flagelo. Por fim, brotou-lhe dos olhos a gota de orvalho insalubre com sabor de desgosto. Urrava em desespero. Submisso à situação, assim permaneceu até o romper do amanhecer, para que então, já exausto, caísse atordoado.

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